Assista ao vídeo-Alunos do ICSA e ICHS da UFOP fazem protesto contra o aumento do preço do bandejão para R$ 7,00
    Créditos do vídeo: Igor Varejano, do Galilé . O Jornal O Espeto agradeça a parceria.

    Por: João B. N. Gonçalves e Hynara Versiani

    Nesta quarta-feira, 31 de maio de 2023, os estudantes do Instituto de Ciências Sociais Aplicadas (ICSA) e Instituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS) realizaram uma manifestação contra o atual valor da refeição, almoço e janta, servidos nos restaurantes universitários (RUs) da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). O movimento foi intitulado de “catracaço”, no qual, os alunos entraram no restaurante sem se identificar e sem pagar.

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    O protesto pede por um RU mais barato e de qualidade, e acontece após o aumento realizado entre abril e maio, quando iniciou-se o semestre 2023/1 da UFOP. O valor entre março de 2022, na retomada das aulas presenciais, e março de 2023, quando se encerrou o semestre 2022/2, era de R$5,55; e a partir de maio deste ano, passou a ser de R$7,06.

    Um aluno que prefere não ser identificado afirma acreditar que a manifestação é justa, considerando os preços do RU:

    “Eu acho que o preço da RU está exorbitante. Acredito que a UFOP e todos os órgãos devem pensar que existem pessoas diferentes, e algumas que dependem do RU. Se você botar na ponta do lápis, fica impossível se sustentar”. Hoje, o aluno que almoça e janta no RU de segunda a sexta gasta em média com R$282,40 mensais.

    Outro estudante relata que o aumento do preço da refeição afeta a permanência de muitos estudantes na universidade. “A gente, às vezes, não tem dimensão da seriedade da coisa, mas o aumento para R$7,06 implica diretamente em um estudante ou outro não conseguindo mais permanecer no espaço da universidade”, diz.

    No ICSA, tendo em vista a movimentação do ato e a não realização do pagamento, a organização do restaurante optou por desligar as catracas e permitir que os alunos passassem sem realizar o pagamento da taxa. Para controlar a entrada de pessoas, os funcionários do restaurante utilizaram papel e caneta para anotar quem entrava sem pagar no restaurante universitário. No total, 252 pessoas passaram sem pagar e 72 passaram antes do “Catracaço”, pagando normalmente. Graças ao ato, R$1.799,12 não foram pagos pelos estudantes.

    O diretor do ICSA,  Prof. Dr. Harrison Bachion, afirma considerar a manifestação dos alunos justa, mas adverte que a situação não é definida pela diretoria. “Existe um contrato de prestação de serviço do restaurante universitário e esse contrato é administrado pela Pró-Reitoria de Assuntos Comunitários e Estudantis (PRACE), a questão do preço também não passa pela diretoria”, diz. Ele ainda ressalta que mesmo que os alunos desejassem um subsídio, não seria possível: “Talvez, o pleito dos alunos seria que nós subsidiássemos, mas nós não temos orçamento para isso. Porém, eu entendo o pleito, principalmente no momento econômico atual”.

    Por outro lado, Prof. Dr. Harrison Bachion diz que os alunos devem se organizar e tratar do assunto com a PRACE, com a diretoria podendo auxiliá-los nesse diálogo.