Duarte Junior é condenado por improbidade e pode ficar inelegível por 5 anos

    Duarte Júnior disse que vai recorrer da decisão junto ao TJMG e que não houve nenhum tipo de dano ao poder público.  A sentença judicial apontou que o ex-prefeito de Mariana agiu com o intuito de beneficiar aliado político . Caso a sentença seja confirmada em outras instâncias só assim o ex-prefeito ficará inelegível por 5 anos.

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    Por João B. N. Gonçalves e Hynara Versiani

    Duarte Eustáquio Júnior, ex-prefeito de Mariana, recebeu uma condenação em primeira instância por improbidade administrativa e teve seus direitos políticos suspensos por um período de cinco anos. Essa decisão impede que ele se candidate a cargos políticos durante esse período.

    A sentença proferida pela 2ª Vara Cível de Mariana não é definitiva e pode ser contestada por meio de recurso. De acordo com a decisão, ficou comprovado que Duarte Júnior tinha conhecimento de que um motorista da prefeitura, Luiz Carlos (Maradona), incluiu seu veículo particular, que estava em nome da esposa, em uma cooperativa de veículos que mantinha contrato com o Executivo Municipal, mas não tomou nenhuma medida para corrigir essa irregularidade. O carro Honda City foi usado para levar o ex-prefeito Duarte para o aeroporto algumas vezes, ficando a disposição para atendimento.

    A sentença apontou que o ex-prefeito Duarte  agiu com o intuito de beneficiar aliados políticos. Duarte Júnior e o motorista foram condenados a pagar uma multa no valor de R$ 30 mil cada um. O aluguel do carro Honda Civic era de R$ 4.500,00. Essa quantia será corrigida pela inflação, considerando o período de 2015 até dezembro de 2021.

    Além do ex-prefeito, o secretário de Governo e Relações Institucionais, Sr. Edvaldo Andrade, também foi réu no processo e condenado por improbidade administrativa. A esposa do motorista, também foi julgada, mas foi absolvida.

    O ex-prefeito marianense Duarte declara que recorrerá da decisão em primeira instância com o Embargo de Declaração e, após, entrará com recurso junto ao TJMG. “A informação que recebi foi relacionada a um veículo que prestava serviço na saúde através da cooperativa de transportes. Eu tenho a consciência tranquila de que tomei as decisões que eram necessárias em favor do município de Mariana. Vamos dentro da regra do Poder Judiciário, recorrer, tentar demonstrar que eu não tinha condições de conhecer todos os contratos que existiam, ( mais de 400) e a decisão deixa claro que não houve nenhum tipo de dano ao poder público”, explica Duarte Junior.

    Como o caso cabe recurso vamos aguardar os capítulos seguintes.