Leci Brandão brilha na mostra de cinema de Ouro Preto

    Por Pedro Henrique de Souza

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    De acordo com estimativas mais de 30 mil pessoas participaram dos eventos.
    125 filmes foram exibidos entre 30 longas, 86 curtas metragens e 9 médias metragens. Iniciado em 2006, a Mostra de Cinema de Ouro Preto, tem como base o patrimônio, a educação e a história.

    No penúltimo dia de apresentações no Sesc Cine Lounge Show que ocorreu entre os dias 21 e 26 de junho de 2023 a cantora Leci Brandão, 78 anos, levou o público a cantar e sambar em pouco mais de 1 hora de show.


    Mesmo após realizar uma angioplastia no tornozelo esquerdo, isso não a impediu de esbanjar simpatia e defender a cultura do país.


    Com 50 anos de carreira, Leci começou o show pedindo aplausos para a cultura brasileira e exaltando professores, sendo ovacionada pelo público presente. Dama do samba, a artista é ativa na luta pelos direitos das comunidades e lutas femininas.


    Alguns temas que o Sesc Cine Lounge Show trata, parte do patrimônio audiovisual brasileiro, as mudanças do digital no cinema e na educação, homenagens a Tony Tornado além de programas de formação com oficinas e workshops.
    Frequentador do espetáculo, Wasington Reis exalta a importância da cidade receber esse tipo de apresentação:

    “É algo muito bom para movimentar a cidade de forma turística economicamente, mas também do fortalecimento dessa cultura local”.


    Wasington ainda fala sobre a importância da cultura na sua vida, cantor, ele realiza shows em vários locais de Mariana e região: “A cultura para mim representa tudo na minha vida, ela é um pilar importante. É com quem me identifico. Com quem eu amo trabalhar”
    Apresentador do evento, David Maurity, detalha o recorte do cinema de preservação, restauro e a educação:

    “São eixos fundamentais para discutir essa nossa ideia de nação, uma ideia de Brasil, como isso foi construído através de imagens, através da produção cinematográfica, é de extrema importância”
    Maurity ainda fala da contribuição que o evento coloca relembrando o passado, o pensar no presente e pensar como será o futuro da cultura no país, tudo na base de um diálogo.

    Praça Tiradentes também recebeu eventos

    Acontecendo ao mesmo tempo, a Praça Tiradentes abriu espaço para o cinema brasileiro. Chamado de “Cine Praça”, com exibições em um telão, filmes como “A Rainha Diaba” com Milton Gonçalves e o documentário “Diálogos com Ruth de Souza” exaltam a cultura negra com dois símbolos de maestria no audiovisual do país.


    Durante os cinco dias de evento, mais de 30 sessões foram exibidos.
    No total, 125 filmes foram exibidos entre 30 longas, 86 curtas metragens e nove médias metragens. Iniciado em 2006, a Mostra de Cinema de Ouro Preto, tem como base o patrimônio, a educação e a história.
    De acordo com Raquel Hallak, diretora da Universo Produção e coordenadora do CineOP, o evento cumpre mais uma vez o papel de resguardar o audiovisual brasileiro e também reafirma a importância da continuidade desses encontros para fortalecer o setor:
    “Continuar florescendo para preservar nossa história, criar pontes e conexões, desvendar obras e talentos, olhares e diversidade em meio à multiplicação de telas e inovações interativas”