Em um cenário hipotético de rompimento das barragens localizadas em Ouro Preto, a cidade de Itabirito estaria na rota da lama, porém, com o muro de contenção, o município não corre risco, segundo informações da Câmara Municipal e da vistoria dos vereadores.
Comissão da Câmara de Itabirito visitou nesta última terça-feira dia 30/01/2023 o “Muro” da Vale em São Gonçalo do Bação, e os vereadores conheceram e avaliaram as condições da estrutura que tem como foco a segurança da população de Itabirito em caso de rompimento de barragens.
O presidente da comissão, vereador Renê Butekus, afirmou: “Conseguimos identificar que muita coisa que foi falada pela Defesa Civil de fato existe, até mesmo todo o aparato e equipamento para monitorar a questão das cheias na cidade de Itabirito, além de desmentir que o muro estava condenado e rachado.
O Cadastro Nacional de Barragens de Mineração, disponibilizado pela Agência Nacional de Mineração (ANM), mostra que, atualmente, Ouro Preto tem dez barragens de rejeitos sob risco, sendo cinco delas nos dois níveis de emergência mais altos (2 e 3). E esses dados foram atualizados em 11 de dezembro de 2023.
As cidades de Minas Gerais que têm mais barragens, de rejeito ou não, ativas e inativas, cadastradas são:
Itabirito (29), Brumadinho e Nova Lima (27 cada), Itatiaiuçu e Ouro Preto (23 cada), Itabira e Mariana (17 cada)
Nesta terça-feira (30/01/2023), o presidente da Câmara de Itabirito, vereador Pastor Anderson do Sou Notícia (MDB), juntamente com os representantes da Comissão de Indústria, Comércio e Mineração da Câmara, vereadores Renê Butekus (PSD), Lucas do Zé Maria (MDB) e Daniel Sudano (Cidadania), presidente, vice-presidente e secretário, respectivamente, realizaram uma visita à estrutura de contenção a jusante (ECJ), da mineradora Vale, em São Gonçalo do Bação, distrito de Itabirito, divisa com Engenheiro Corrêa, distrito de Ouro Preto.
O objetivo da visita foi avaliar as ações da Prefeitura de Itabirito, por meio da Defesa Civil, em relação à segurança da população da cidade. Em um cenário hipotético de rompimento das barragens localizadas em Ouro Preto, a cidade de Itabirito estaria na rota da lama, porém, com o muro de contenção, o município não corre risco.
O vereador Pastor Anderson destacou: “Estamos aqui junto com a Comissão de Indústria, Comércio e Mineração, para entender o que a Prefeitura Municipal, por meio da Defesa Civil, tem feito para levar informações para a população de Itabirito.”
O presidente da comissão, vereador Renê Butekus, afirmou: “Conseguimos identificar que muita coisa que foi falada pela Defesa Civil de fato existe, até mesmo todo o aparato e equipamento para monitorar a questão das cheias na cidade de Itabirito, além de desmentir que o muro estava condenado e rachado. Isso é mentira, estamos detectando aqui agora.”
O vice-presidente da comissão, vereador Lucas do Zé Maria, acrescentou: “Viemos entender sobre o tão falado muro que conhecíamos por fotos e vídeos. Estamos aqui para desmentir muitas coisas que o povo falava, e a estrutura que tem aqui surpreendeu todos nós.”
O secretário da comissão, vereador Daniel Sudano, explicou: “A comissão veio fiscalizar e acompanhar as obras que estão em constante manutenção no muro, que é uma estrutura de contenção para o caso de rompimento de todas as barragens de Forquilhas. A estrutura está bem sólida, trazendo segurança para a população de Itabirito.”
Joelson Lagrimante, relações institucionais da Vale, informou que as barragens Forquilha I, Forquilha II e Grupo estão no nível 2 de emergência, enquanto a barragem Forquilha III está no nível 3, indicando situação de ruptura iminente ou ocorrendo. A barragem Forquilha IV teve seu nível de emergência encerrado. O local conta com sirenes, placas indicativas de rota de fuga e equipe de socorristas 24 horas.
A construção do muro teve início em maio de 2019 e se estendeu até junho de 2021, envolvendo 24 horas de serviços diários durante os dois anos, com um pico de 3 mil trabalhadores empenhados. Núbio Gomes, engenheiro eletricista da Vale, enfatizou: “A estrutura é robusta e superdimensionada para suportar os rompimentos simultâneos das barragens. Caso isso acontecesse, a lama chegaria até cerca de 5 metros abaixo da crista.”
São 11 km que separam a estrutura das barragens Forquilhas I e II, as mais próximas. O tempo para chegar até a estrutura em caso de rompimento das barragens seria de 25 minutos, enquanto o tempo de evacuação é de 11 minutos, tempo suficiente para que todos saiam em segurança do canteiro de obra.
A comissão e o presidente da Câmara de Itabirito ressaltaram a importância da visita para esclarecer sobre a segurança da região diante de eventuais situações de emergência. A equipe da Vale foi convidada pelos vereadores para estar em breve na Câmara de Itabirito, levando informação para toda a população.
O Cadastro Nacional de Barragens de Mineração, disponibilizado pela Agência Nacional de Mineração (ANM), mostra que, atualmente, Ouro Preto tem dez barragens de rejeitos sob risco, sendo cinco delas nos dois níveis de emergência mais altos (2 e 3). E esses dados foram atualizados em 11 de dezembro de 2023.
As cidades de Minas Gerais que têm mais barragens, de rejeito ou água, ativas e inativas cadastradas são:
Itabirito (29), Brumadinho e Nova Lima (27 cada), Itatiaiuçu e Ouro Preto (23 cada), Itabira e Mariana (17 cada)
Fonte : Câmara de Itabirito, Arquivo O Espeto, ANM.
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