
Taxa de crescimento populacional indica diminuição da população.
As mineiras têm seguido um padrão detectado em todos os Estados do Brasil, com diferentes graus de intensidade: a maternidade tem sido adiada para idades mais avançadas, o número médio de filhos está menor e uma proporção maior de mulheres chega ao fim da vida reprodutiva sem ter tido filhos.
Embora a gravidez na adolescência continua acontecendo de forma acentuada ela tem diminuído em comparação com 2010. Se observarmos o percentual de mães de 12 a 19 anos, por exemplo, vemos uma
redução entre 2010 e 2022, tanto no país (de 2,0% para 1,2%) quanto em Minas (de 1,5% para 1,0%).
Por outro lado, o Censo 2022 revelou outro dado relevante : o aumento de mulheres sem filhos. A proporção de mulheres de 50 a 59 anos que não tiveram filhos nascidos vivos era de 16,1% em 2022, tanto em Minas quanto no Brasil, ante 12,7% (Minas) e 11,8% (Brasil) no levantamento de 2010.
O maior percentual de mulheres nesse grupo etário sem filhos foi registrado, em 2022, no Rio de Janeiro (21,0%) e o menor, em Tocantins (11,8%). No comparativo com os resultados do Censo 2010, houve crescimento das proporções de mulheres sem filhos em todos os estados, tendo sido o maior deles no Rio (6,5 pontos percentuais) e o menos expressivo, no Piauí (3,0 pontos percentuais).
De acordo com o senso de 2022 Idade média da fecundidade em Minas aumentou de 27,3 anos para 28,5 anos, entre 2010 e 2022.
Mulheres com maior grau de instrução e de cor ou raça branca têm idade média da fecundidade maior que aquelas de cor ou raça preta ou parda e com menores graus de instrução formal, informa o senso 2022.
Taxa de fecundidade total (que relaciona o número de nascimentos ocorridos em um grupo de idade das mães com o total de mulheres daquele mesmo grupo etário) foi de 1,48 filho por mulher em Minas.
No Brasil essa taxa foi de 1,55 filho por mulher – ambas taxas abaixo da taxa de reposição populacional, que é de 2,1 filhos por mulher.
Proporção de mulheres de 50 a 59 anos – ou seja, que chegam ao fim da idade reprodutiva – sem filhos aumentou de 12,7% para 16,1% no estado, entre 2010 e 2022.
Número de estrangeiros residentes em Minas Gerais aumentou 64,3% de 2010 para 2022, mas o estado caiu da quinta para a oitava colocação em quantitativo de estrangeiros moradores.
m Minas Gerais, a idade média da fecundidade passou de 27,3 anos, em 2010, para 28,5 anos,
em 2022 – o que corresponde a um crescimento de 4,5%. Esse resultado deixa o estado na quinta
colocação, atrás de Distrito Federal (29,3 anos), Rio Grande do Sul (29,0), São Paulo (28,9) e Santa
Catarina (28,7 anos). No Brasil, esse indicador cresceu 5,1%, passando de 26,8 para 28,1 anos
entre 2010 e 2022. O aumento mais expressivo entre os dois últimos censos, em termos
A fecundidade é uma das componentes demográficas mais importantes para analisar a evolução
demográfica de uma população. O ritmo de crescimento de uma população, a pirâmide etária e o
envelhecimento do país são diretamente relacionados aos nascimentos ocorridos ao longo do tempo.
A idade média da fecundidade é um importante indicador que revela tendências no comportamento reprodutivo, indicando se as mulheres estão tendo filhos mais cedo ou mais tarde.
A idade média da fecundidade cresce continuamente conforme avança o nível de instrução da
mãe: entre aquelas sem instrução ou com ensino fundamental incompleto, ela era de 27,1 anos em
Minas em 2022; subia para 27,4 anos entre aquelas com fundamental completo e médio incompleto;
crescia a 28,6 anos no grupo de mulheres com ensino médio completo e superior incompleto; e
alcançava os 30,7 anos na parcela com ensino superior completo.
No comparativo com 2010, verifica-se que o incremento mais expressivo (5,6%) na idade média da fecundidade das moradoras do estado ocorreu entre aquelas com menor grau de instrução – enquanto, por outro lado, a única redução na média foi registrada entre as mulheres com ensino superior completo (de 31,1 para 30,7 anos, num decréscimo de 1,2% entre 2010 e 2022).
Quando observamos a idade média da fecundidade entre 2010 e 2022 por cor ou raça, nota-se
o aumento dessa média, tanto entre as mulheres brancas quanto para as pretas e pardas, em Minas
Gerais e no Brasil.
Minas permanece com médias superiores às nacionais em todos os recortes étnico-raciais, nos dois censos. Entre as mulheres brancas moradoras de Minas, a idade média da fecundidade, que era de 28,0 anos em 2010, subiu para os 29,4 anos em 2022; entre aquelas de cor ou raça preta, a média era de 26,9 anos em 2010, e alcançou os 27,9 anos no Censo mais recente; já entre as mulheres pardas, as médias foram de 26,8 anos e 28,1 anos, respectivamente, em 2010 e 2022.
Em termos percentuais e considerando os dois últimos censos, os incrementos na idade média da fecundidade foram de 4,9% entre as mulheres brancas, 4,8% entre as pardas e 3,9% entre as mulheres pretas moradoras de Minas Gerais.
O Censo investigou, também no questionário da amostra, a nacionalidade das pessoas que moram
no Brasil. Os resultados de 2022 revelaram que o quantitativo de estrangeiros no estado foi
crescendo ao longo dos anos: em 2000, das 510.067 pessoas estrangeiras que moravam no Brasil,
14.967 viviam em Minas Gerais. Dentre estes, 2.890 haviam se mudado entre 1996 e 2000. No
Censo seguinte, em 2010, 4.955 estrangeiros declararam ter migrado ao estado entre 2006 e 2010,
de um total de 16.548 estrangeiros moradores de Minas. Já em 2022, o número total de habitantes
do estado nascidos no exterior chegou a 27.183, tendo 12.475 deste total migrado ao estado nos
últimos 4 anos anteriores à data de referência do Censo, entre 2018 e 2022.
Observa-se que, de 2010 a 2022, apesar do expressivo crescimento em termos numéricos (de
16.548 para 27.183 pessoas, o que corresponde a um aumento de 64,3%), Minas Gerais passou
da quinta à oitava colocação no ranking dos estados com mais moradores estrangeiros; em 2000 e
2010, esteve atrás de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul. Em 2022, os Estados
de Roraima (segundo lugar, atrás apenas de São Paulo), Santa Catarina (terceira posição) e
Amazonas (sétima colocação) ultrapassaram Minas Gerais no volume de moradores estrangeiros.
Dos 27.183 estrangeiros residentes em Minas em 2022, 10.983 (40,4%) viviam na Região
Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Em 2010, a concentração de estrangeiros em municípios
do entorno da capital mineira era maior, de 45,2% (ou 7.482 das 16.548 pessoas estrangeiras que
moravam em Minas).
Se considerarmos os estrangeiros somados aos naturalizados brasileiros, eles eram 37.580 em
Minas Gerais, em 2022. Na Tabela 2, temos os 10 municípios mineiros com os maiores quantitativos
de moradores estrangeiros e naturalizados brasileiros, em 2010 e 2022. Observa-se que, além de
alguns municípios da RMBH, outros de grande porte em variadas regiões do estado, como
Uberlândia, Uberaba, Juiz de Fora e Governador Valadares, foram as localidades escolhidas como
local de residência por boa parte dos estrangeiros e dos naturalizados brasileiros em Minas.
De 2017 a 2022, Minas Gerais recebeu 426.265 pessoas (imigrantes) de outras unidades da federação do Brasil e perdeu 319.766 (emigrantes) para outros estados – o que resultou num saldo migratório de 106.499 pessoas.
Fonte : Seção de Disseminação de Informações – Superintendência Estadual do IBGE em Minas Gerais
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