Adem realiza 1º Arraiá Inclusivo na Praça dos Ferroviários

    Evento contou com atrações musicais e atividades para a família

    Por: Hynara Versiani e João B. N. Gonçalves

    No último sábado, 6 de julho de 2024, a Associação de Pessoas com Deficiência de Mariana (Adem) realizou o 1º Arraiá Inclusivo da cidade. O evento aconteceu na Praça dos Ferroviários e se estendeu das 16h até o fim do dia, com brincadeiras infantis, músicas variadas e muito mais.

    A atual presidente da associação, Gilma Vilas Boas, diz estar muito feliz com o resultado do arraiá. “Tivemos muito apoio do pessoal da organização, esse time que está aqui comigo, quero agradecê-los. Todo mundo se empenhou, cada um fez uma coisinha, e a comunidade abraçou o evento conosco”, conta. Gilma também agradece pelo apoio do poder público, crucial para a produção do arraiá.

    A banda Cabra Cega é a única composta totalmente por pessoas cegas que toca forró no Brasil, contando com cinco músicos fixos: zabumbeiro, triangulista, guitarrista, baixista e flautista. Algumas vezes, contam com a presença de um sanfoneiro, também cego, que atua como “curinga” da banda.

    O baixista e vocalista do grupo, Jerônimo Rocha, conta que a banda teve seu início em 1997, sob o nome Forró no Escuro. “Éramos 11 cegos fazendo o Forró no Escuro. Em 2001, fomos para a Europa, levando nosso forró para lá. Fizemos muitos shows, mas eu acabei saindo do grupo e resolvi fundar uma nova banda, a Bão Demais”, relembra.

    Ao conhecer a produtora e empresária do grupo Baianas Ousadas, que faz o Carnaval de Belo Horizonte, o grupo deu outro passo adiante ao mudar de nome. “Ela disse que Bão Demais não era ruim, mas tinha que ser uma coisa mais a ver conosco. Ela nos deu o nome Cabra Cega, que tem a ver com a brincadeira de vendar os olhos de uma pessoa que tenta pegar outras”, revela.

    A banda Cabra Cega já possui mais de 500 shows ao longo de sua trajetória no forró, e Gilma acredita que eles tragam um diferencial para o evento: “É uma banda que demonstra que as pessoas com deficiência têm capacidades diversas, só precisam de oportunidades”.

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