Samarco: Reativação de usina de pelotização em Ubu (ES) tem impacto direto em Mariana e Ouro Preto

    Somada à retomada de um concentrador no Complexo de Germano, processo de expansão gerou 3 mil empregos

    Por: João B. N. Gonçalves

    Na última sexta-feira, 23 de agosto de 2024, o Samarco reativou a usina de pelotização conhecida como P3 no Complexo de Ubu, no Espírito Santo. A medida, que faz parte do plano de negócios da empresa de alcançar 60% de sua capacidade produtiva, tem impacto direto na economia de Mariana e Ouro Preto.

    O evento de reativação da usina contou com a presença de figuras importantes, como o presidente da Samarco, Rodrigo Vilela, o diretor de operações Sérgio Mileipe, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, e o vice-governador Ricardo Ferraço.

    A expansão inclui ainda a construção de uma nova planta de filtragem de rejeitos e a reativação de mais um concentrador — responsável pelo beneficiamento do minério — no Complexo de Germano, em Mariana e Ouro Preto. Quando estiver operando com essa capacidade, a produção será ampliada para cerca de 15 milhões de toneladas de pelotas e finos de minério de ferro por ano.

    Neste momento, a P3 começa a operar gradativamente até atingir a sua capacidade total. No Complexo de Germano, a Samarco planeja reativar o Concentrador 2 até 31 de dezembro deste ano, permitindo o aumento da produção da mineradora, que agora, utilizando um sistema de filtragem e empilhamento a seco, sem disposição de rejeitos em barragens.

    Como geram aumento na capacidade produtiva, as reativações têm como consequência a geração de mais empregos tanto no Espírito Santo quanto em Minas Gerais. A Samarco gerou cerca de 3 mil novos postos de trabalho nos dois estados para a ampliação da capacidade produtiva. Segundo o presidente Rodrigo Vilela, 75% dos empregos foram em Mariana e Ouro Preto, totalizando 2,25 mil postos de trabalho.

    A retomada da P3 estava prevista para março de 2025, mas foi antecipada para operar com o excedente de minério da Usina e Pelotização, conhecida como P4, otimizando processos de produção. Atualmente, a empresa opera com 30% da capacidade, e para atingir os 60%, a Samarco está investindo R$ 1,6 bilhão. O objetivo é chegar a 100% em 2028.

    A usina P3 foi reativada somente nove anos após a paralisação das atividades da Samarco por conta do o rompimento da Barragem de Fundão e cinco anos após a obtenção do licenciamento ambiental para a retomada das operações. “A reativação tem um significado muito importante para a Samarco. Primeiro, porque cumprimos com a decisão estratégica de fazer uma retomada gradual, sempre zelando pela segurança”, afirmou Rodrigo Vilela.

    Governador do Espírito Santo, Sr. Renato Casagrande

    O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, presente na reativação, também ressaltou o impacto da Samarco nas economias do Espírito Santo e de Minas Gerais. “Não podemos ignorar a importância da atividade econômica, mas devemos priorizar a reparação e a segurança. Com o retorno da Samarco, estamos focados na criação de empregos e no desenvolvimento,” declarou Casagrande.

    Após o desastre ambiental de Mariana, a Samarco retomou as operações em dezembro de 2020. De acordo com o diretor de operações Sérgio Mileipe, mesmo operando com apenas 30% da capacidade produtiva, a empresa produziu 30 milhões de toneladas de pelotas de minério e 15 mil empregos em Minas Gerais e no Espírito Santo, sendo 11,5 mil em Mariana e Ouro Preto.

    Presidente da Samarco, Sr. Rodrigo Vilela

    Além disso, as ações da empresa geraram retorno financeiro para os municípios por meio dos impostos. Da retomada até junho de 2024, os tributos gerados pela Samarco e aqueles resultantes da aquisição de bens, materiais e serviços de fornecedores chegaram a R$ 4,81 bi, sendo R$ 726 milhões para Minas Gerais. No primeiro semestre deste ano, os tributos gerados para Minas Gerais somaram R$ 150 milhões.

    Durante a cerimônia de reativação da usina P3, o presidente da Samarco relembrou o rompimento da Barragem de Fundão: “O dia 5 de novembro de 2015 jamais será esquecido por nós. Estaremos sempre pedindo desculpas. Temos consciência de que não podemos mudar o passado, mas é nossa responsabilidade garantir que eventos como esse jamais ocorram novamente”.

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