Obra convida à reflexão sobre a vida e abre caminho para a autodescoberta
Por: Hynara Versiani e João B. N. Gonçalves
No último domingo, 24 de novembro de 2024, foi lançado o livro “12 Portas”, uma obra que promete levar os leitores a uma profunda jornada de autoconhecimento e reflexão sobre a vida. Escrito por Anderson Marta Valfré, João Marcos Maciel Luiz e Josué da Silva Fernandes, o livro é fruto de anos de estudos e pesquisas do grupo No Princípio Era o Verbo.
Com uma linguagem poética e filosófica, a obra convida o leitor a explorar os mistérios da existência através de 12 capítulos que representam, metaforicamente, as diferentes etapas da vida. Cada “porta” é um convite à reflexão sobre temas como fé, amor, identidade e propósito. “O livro nasce de modo orgânico, sendo um reflexo de todo estudo, pesquisa e troca que ocorria já há alguns anos entre nós”, explica Anderson Valfré.
“Quando o Josué nos propôs de produzir a obra, aceitamos de imediato, depois ele nos apresentou um planejamento com prazos e uma sugestão de criação que passava por 12 meses, cada mês, um capítulo era produzido. Foi aí que o nome ‘12 Portas’ começou a soar como algo a resumir o que pretendíamos colocar na narrativa”, conta Anderson.
A inspiração para a criação de “12 Portas” surgiu do desejo dos autores de compartilhar suas experiências e reflexões sobre o processo da individualidade humana. Como afirma Josué da Silva Fernandes: “Esse processo de exploração surgiu porque estávamos fazendo isso enquanto estudávamos”.
Um dos maiores desafios do grupo foi equilibrar as diferentes abordagens presentes na obra, como a filosofia, a poesia e o racionalismo. “Um desafio prazeroso, diria”, comenta Anderson. “Partimos da vontade coletiva em criar a obra, e isso já nos coloca em um estado totalmente diferente de outras criações mais tradicionais. Aqui, para dar vida a uma história, tivemos que nos despir primeiro do medo da não aceitação”, revela.
As “portas” são metáforas poderosas que conduzem o leitor por uma jornada de autodescoberta. “O significado fica a cargo do leitor, adentrar a obra e ver o que se revela para ele”, explica Anderson. “Já a concepção possibilita que a pessoa vá ao seu encontro e passe a refletir como está agindo no mundo, como tem se colocado diante das coisas, se tem percebido qual é o seu propósito.”
A colaboração entre os três autores foi fundamental para a construção da narrativa. “Houve alguns desafios, que foram mais especificamente no início”, confessa João Marcos. “Como eu fui o primeiro a escrever a primeira porta, foi um pouco mais difícil, porque eu ainda não estava compreendendo o objetivo. Apesar disso, a troca de ideias permitiu que o grupo superasse esses obstáculos.
Josué complementa: “O processo de criação é bem criterioso, temos um planejamento para ver se ele é exequível, e se for, poderá ser aplicado. Isso é central para o grupo, ter um planejamento exequível, pode ser de quanto tempo for, desde que tenhamos condições de executar”.
Para ele, o maior desafio é sempre adequar as agendas: “Moramos em cidades diferentes e temos horários variados, organizar nossas agendas para realizar a produção leva tempo”. Apesar das dificuldades, a paixão pelo projeto e o desejo de compartilhar suas descobertas com o mundo impulsionaram os autores a seguir em frente.
Ao longo da narrativa, os autores convidam o leitor a questionar suas próprias crenças e a buscar um significado mais profundo para a vida. “Que ele possa se ouvir e perceber em novas formas”, deseja Anderson, “notando que é um em muitos, que ele é parte de algo maior, mas que antes de tudo, que é humano como qualquer outro, e isso o solicita viver com atenção e cuidado”.
Josué concorda, e diz que a palavra mais forte para o momento é reconhecimento. “Que o leitor consiga reconhecer-se em algumas dessas portas ao longo de sua leitura, essa é uma das minhas esperanças”, afirma. Da mesma forma, João espera que o leitor descubra as próprias portas que ele deve atravessar.
“Que esse livro possa chegar às mãos daqueles que buscam sair de determinadas situações, que ele possa levar esse leitor a abrir suas próprias portas e superar suas próprias resistências, seus próprios bloqueios e os desafios que a vida apresenta para ele”, deseja o autor.
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