Mostra “Plantar Sonhos” destacou os resultados das oficinas artísticas realizadas com 41 crianças e ressaltou o papel transformador da arte na comunidade
Por: João B. N. Gonçalves
Na última sexta-feira, 29 de novembro de 2024, o salão de eventos da Escola Wilson Pimenta recebeu a mostra de encerramento do Projeto Ubuntu, iniciativa que promoveu atividades culturais e educacionais para crianças e adolescentes do bairro Santo Antônio. Batizado de Plantar Sonhos, o evento apresentou produções artísticas desenvolvidas ao longo do ano, reunindo a comunidade em uma noite de celebração e reflexão sobre o impacto do projeto.
A abertura do evento contou com uma exposição de artes visuais, seguida por performances de dança e música, que emocionaram o público presente. Para Ingrid Ribeiro, coordenadora do projeto e diretora artística do Baú Recontando, a mostra foi um marco de dedicação e superação. “É muito emocionante ver tantas pessoas reunidas para celebrar esse momento. As crianças são a prova viva de que o esforço vale a pena, e hoje estamos aqui para sonhar juntos e continuar plantando sonhos”, afirmou.
O projeto foi realizado pelo Baú Recontando em parceria com o Projeto Alferes e contou com o apoio das empresas MRF e Samarco, responsáveis por fornecer materiais, instrumentos musicais, uniformes e remuneração para os monitores das oficinas. Vanderley Lúcio, representante do Projeto Alferes, destacou a importância das parcerias. “Conseguimos recursos para adquirir violões, instrumentos de percussão, tintas, pincéis e outros materiais que possibilitaram as oficinas de música, capoeira, balé, pintura sob tela e grafite. Essa colaboração foi fundamental para o sucesso do projeto”, explicou.
Ao longo de três meses, 41 crianças do bairro Santo Antônio participaram das oficinas, desenvolvendo habilidades artísticas e resgatando elementos de sua ancestralidade. “As oficinas de balé, dança popular e capoeira permitiram que as crianças explorassem a expressão corporal, enquanto as atividades de pintura e grafite estimularam a criatividade”, acrescentou Vanderley.
O impacto social do Projeto Ubuntu foi destacado durante o evento. Para Ingrid, além de despertar talentos, a arte promove transformação comunitária. “Embora a arte nem sempre tenha o poder de salvar, ela une famílias, fortalece a comunidade e potencializa talentos. Plantar sonhos é como plantar uma árvore: ela cresce, floresce e deixa sementes para o futuro”, disse.
O encerramento foi marcado pela troca de experiências entre as crianças, professores e a comunidade. “Mais importante que a realização final é o caminho percorrido. Foi lindo ver o esforço e o crescimento de cada um ao longo desses meses”, ressaltou Ingrid.
Os organizadores esperam que o legado do Projeto Ubuntu inspire novas iniciativas e que as crianças continuem a explorar o universo artístico em suas vidas. “O sonho primordial aqui foi mostrar que a arte pode abrir portas e criar possibilidades para um futuro melhor”, concluiu Vanderley.
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