Vereadores cobram soluções para falta de energia, reforma de igreja e infraestrutura urbana
Por: João B. N. Gonçalves
Na 10ª Reunião Ordinária da Câmara Municipal de Ouro Preto, realizada nesta terça-feira, 4 de fevereiro de 2025, os vereadores discutiram diversos temas de interesse da população.
Entre as questões abordadas, destacaram-se a demora no restabelecimento do fornecimento de energia elétrica no distrito de Santa Rita e a possibilidade de reforma da Igreja Matriz de São Gonçalo do Amarante, em Amarantina.
O vereador Alessandro Sandrinho apresentou a Representação 36/2025, em que solicita o envio de um pedido de esclarecimento à Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG) sobre as frequentes interrupções no fornecimento de energia elétrica em Santa Rita. Segundo Sandrinho, a população tem enfrentado períodos de até 24 horas sem energia, o que tem causado prejuízos aos moradores.
“Estamos ficando quase 24 horas sem energia. Como pode, hoje, uma pessoa ficar tanto tempo sem luz em casa? Os moradores estão perdendo alimentos, como leite e carne, porque a energia demora a ser restabelecida”, afirmou o vereador. Ele também ressaltou que pretende orientar os moradores a formalizarem reclamações junto aos órgãos competentes.
O vereador Mercinho reforçou a gravidade da situação nas áreas rurais. “Tenho recebido muitas reclamações. O fornecimento de energia nas zonas rurais é muito complicado. Os moradores ficam sem eletricidade por longos períodos, o que afeta a rotina e a segurança da população”, disse.
Outro tema debatido foi a Representação 38/2025, de autoria da vereadora Lilian França, que solicita informações ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e órgãos estaduais e federais sobre a possibilidade de reforma da Igreja Matriz de São Gonçalo do Amarante, localizada no distrito de Amarantina.
A vereadora destacou que, apesar de ter conseguido uma verba de R$ 750 mil para a reforma de monumentos históricos e artísticos, o valor não foi suficiente para incluir a matriz de Amarantina. “A empresa responsável exigia um mínimo de R$ 900 mil, e não conseguimos complementar o recurso na época”, explicou.
Lilian França ressaltou a importância da igreja para o turismo religioso e a identidade cultural do distrito. “Nossa matriz precisa urgentemente dessa reforma. Recebemos romeiros de várias regiões e precisamos valorizar nosso patrimônio”, afirmou. A vereadora pediu o apoio dos colegas na assinatura do documento.
Durante a reunião, o vereador Renato Zoroastro apresentou o Requerimento 45/2025, solicitando à Secretaria Municipal de Obras informações sobre a situação da Rua Dom Bosco, no distrito de Cachoeira do Campo. Segundo o parlamentar, uma intervenção na via teria provocado um rebaixamento do nível da rua, resultando no acúmulo de água durante os períodos chuvosos e causando transtornos para moradores e comerciantes locais.
“Recebemos vídeos mostrando que, após a retirada e recolocação dos bloquetes, a rua passou a acumular água. Quando chove, os pedestres são molhados pelos veículos que passam”, relatou Zoroastro.
O presidente da Câmara, vereador Vantuir Silva, reforçou a necessidade de uma solução definitiva para o problema da via. “Essa rua já foi alvo de indicações e requerimentos de vários vereadores. A questão ali não é mais de manutenção, mas de uma obra completa de revitalização. Se continuar apenas com manutenções pontuais, o problema nunca será resolvido”, afirmou.