Movimenta CDA busca fomentar a cultura hip-hop

O evento é mais uma das iniciativas do Movimento TT1

Por: Marina Ferreira | 29-04-2025

A Cidade Alta, CDA ou bairro Cabanas, mais uma vez, vai ser ponto para a movimentação da cultura hip-hop, no dia 17 de maio, a partir das 14h, na Escola Estadual João Ramos Filho. O Movimenta CDA é um evento financiado pelo Edital da Cultura Viva, da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), de Mariana (MG), e organizado pelo Movimento TT1, um coletivo artístico que impacta a cultura marianense desde 2019. O evento vai contar com batalha de rima, sarau, discotecagem e apresentação musical.

O objetivo é, principalmente, criar pontes entre a comunidade jovem e a arte local, reunindo diferentes formas de expressão artística, como a dança, o canto, o sarau e a batalha de rima, que vem crescendo na cidade. Além disso, o Movimenta CDA pretende gerar impacto positivo na autoestima de artistas periféricos e rurais, descentralizar os eventos culturais e incentivar crianças, adolescentes e jovens que procuram formas de se expressar artisticamente.

O Movimento TT1, principal organizador do evento, vem impactando a cultura marianense nos últimos anos, por meio de apresentações musicais, participações em batalhas de rima e promoção de eventos para a comunidade. Bomblack, 24, é integrante do coletivo desde a sua criação e acredita que as batalhas de rima têm sido uma forma de a juventude conversar entre si, através das rodas de freestyle. Bomblack participou da primeira Rinha do Estadual, que aconteceu na Escola Estadual João Ramos Filho, em 2019, que o incentivou a participar ativamente da cultura hip-hop.

Bomblack faz um convite à comunidade. “É um movimento inédito, promovido por um coletivo independente, através de uma lei de incentivo. É uma conquista. Então, eu faço um convite para prestigiar essa primeira edição, de muitas que virão”, afirmou. Natanael Marques, 28, também é integrante do TT1 e acredita que um dos objetivos do evento é mostrar as outras facetas do bairro e propor estratégias de sobrevivência física e intelectual. “Na mídia tradicional, só é representada como um lugar de criminalidade e conflitos. Não que isso não esteja presente em nossa Cidade Alta, mas tem outras possibilidades e potências também”, completou.

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