Oncologista do Comitê Científico do Instituto Lado a Lado pela Vida destaca as principais dúvidas de pacientes oncológicos sobre a imunização
O Brasil iniciou em janeiro de 2021 a imunização contra a Covid-19, doença que já atingiu mais de 100 milhões de pessoas em todo mundo. Até o momento, o país conta com duas opções de vacina, a CoronaVac, fabricada pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório Sinovac, e a Oxford/AstraZeneca, produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Os grupos prioritários para receberem a vacina são os profissionais da saúde que atuam na linha de frente no combate à pandemia, além de idosos, que são mais suscetíveis à evolução grave da doença. Os critérios da Anvisa não incluem pacientes oncológicos entre os primeiros a serem imunizados, entretanto, há quem se encaixe na prioridade por conta da idade, mas ainda há muitas dúvidas sobre a vacinação desse grupo de pacientes.
Afinal, quem enfrenta um câncer e está nos grupos prioritários deve se vacinar?
Para esclarecer algumas das incertezas do paciente com câncer, a oncologista Graziela Zibetti Dal Molin, membro do Comitê Científico do Instituto Lado a Lado pela Vida (LAL), organização que promove campanhas de conscientização e promoção da saúde, responde as principais dúvidas dos pacientes com câncer no que se refere à imunização. O objetivo dessa iniciativa é informar e não substituir uma consulta médica.
“É indispensável conversar com o profissional de sua confiança, pois cada caso deve ser tratado de forma individualizada, de acordo com o quadro geral do paciente”, afirma Marlene Oliveira, presidente do LAL.
Confira abaixo algumas perguntas e respostas:
Não há descrição na literatura de momento ideal para realização da vacinação, visto que o percentual de pacientes oncológicos que foram incluídos nos estudos clínicos foi pequeno. Ambas vacinas podem ser realizadas durante o tratamento oncológico dos pacientes.
Pacientes com tumores hematológicos (linfomas, leucemias, mieloma múltiplo ou submetidos ao transplante de medula óssea) habitualmente realizam tratamentos com quimioterapias com maior potencial de imunossupressão, e o momento ideal para vacinação deve ser discutido com seu médico. Até o momento, a única contraindicação para administração da vacina é a presença de alergia aos componentes da mesma.
Não há recomendação específica sobre tempo ideal para realização da vacina em pacientes em tratamento com quimioterapia, podendo ser realizada em qualquer momento do tratamento.
Radioterapia não é contraindicação.
Sim. Não há dados específicos na literatura sobre essa população, mas a recomendação é de que a vacina deva ser administrada. Outras vacinas, como a da gripe, são administradas em pacientes que realizam imunoterapia e se mostraram eficazes e seguras.
Ambas vacinas disponíveis no Brasil são indicadas aos pacientes oncológicos. As duas vacinas contra o coronavirus que serão disponibilizadas no Brasil neste momento estão recomendadas para todos pacientes oncológicos. A vacina da Oxford University / AstraZeneca é composta de parte de vírus vivo modificado que não é replicante em humanos, e a vacina Coronavac/ Sinovac é uma vacina de vírus inativado. Ambas não causam riscos de infecção pelo coronavírus. As doses recomendadas são as mesmas do restante da população.
Não. Mesmo após o recebimento da vacina, as medidas de distanciamento social, uso de máscara e higienização frequente das mãos continuam sendo medidas essenciais para proteger a todos
Sim, a recomendação é de que todos recebam a vacina. Dados mostram que não houve aumento de efeitos colaterais em quem recebeu a vacina após infecção prévia por coronavírus.
Sobre Instituto Lado a Lado Pela Vida (LAL)
O LAL é uma organização brasileira da sociedade civil, sem fins lucrativos, criada em 2008, em São Paulo, para disseminar informação de qualidade para a população sobre saúde do homem, com ênfase à importância do diagnóstico precoce do câncer de próstata. Em 2014, sua agenda de causas foi ampliada, com a incorporação de ações para alertar sobre os cuidados necessários com a saúde do coração e também para a atenção a outros tipos de câncer, como pulmão, pele/melanoma e os tumores ginecológicos femininos, além do câncer de mama. O Instituto atua de norte a sul do Brasil, tanto nas cidades como nas áreas rurais com campanhas de prevenção primária e secundária que promovem o diálogo, o acolhimento e a promoção do bem-estar físico e emocional. Propaga a mensagem do autocuidado e da autoestima, plantando a semente de que a saúde é o nosso bem mais valioso e merece atenção especial. Além do Novembro Azul, o Instituto é o idealizador das campanhas RespireAgosto; Siga seu Coração; Mulher Por Inteiro e #LivreSuaPele.
Fonte
Virta Comunicação Corporativa
Telefone: (11) 3083-1242
Soraya Souza – soraya.souza@grupovirta.com.br – (11) 99918-5822
Carolina Neves – carolina.neves@grupovirta.com.br – (11) 97723-4843