2ª edição do Encontro Estadual das Afromineiridades reúne manifestações culturais de diversas cidades

    Com o objetivo de dar continuidade às ações de fomento, circulação e visibilidade aos grupos culturais de raízes afro existentes no estado, o Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) e do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha/MG) realiza o 2º Encontro Estadual das Afromineiridades. O evento que tem o apoio da Fundação Clóvis Salgado e do Conselho Estadual de Política Cultural, acontecerá respectivamente, nos dias 3 e 4 de fevereiro, no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes, e na Praça da Liberdade. Os ingressos gratuitos podem ser retirados no Eventim.

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    Haverá apresentações de música, dança, exposição, cortejo, oficina e palestra. Estão previstos para a abertura no Grande Teatro: os cantores Ruby, Janamô e Black Dom, O Terno de Congo de Ilicínia, o Terno de Catopê de Bocaiuva, o Terno de Moçambique de Azurita – Mateus Leme, além da Folia de Reis de Coronel Xavier Chaves. O Grupo de dança Afro Pérola Negra de Manhuaçu, a capoeira com Grão Mestre Dunga e a Tenda Pai Joaquim do Congo de Aruanda – Terno do Congo Real de Ituiutaba também estão confirmados.

    “Um dos desdobramentos importantes do programa Afromineiridades é este momento de encontro, celebração e apresentação das culturas afro-mineiras para o público de Belo Horizonte. O Encontro Estadual das Afromineiridades reforça o compromisso do Governo de Minas na valorização e no reconhecimento das expressões de matriz afro que são patrimônio cultural do nosso Estado”, pontua o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira.

    “É extremamente enriquecedora a presença dessas expressões no Palácio das Artes, uma vez que exerce a democratização do acesso a esse importante espaço, enquanto também nos instiga a estabelecer um intercâmbio cada vez mais necessário entre as comunidades do interior e os grupos da capital”, completa Oliveira.

    A presidente do Iepha/MG, Marília Palhares Machado, destaca também importância da continuidade do projeto para a sociedade mineira. “Além de realizar essa 2° edição do Encontro Estadual das Afromineiridades, nós vamos definir os próximos passos do projeto por meio da análise dos trabalhos desenvolvidos pelos municípios em 2022 dentro do Programa do ICMS critério do patrimônio cultural. Nossa expectativa é a de corrigir a história da sociedade mineira dando visibilidade à contribuição da cultura negra na sua formação, além de poder reconhecer a potencialidade e a força da cultura negra na contemporaneidade”, sublinha.

    O evento integra as ações do Plano Descentra Cultura Minas Gerais, da Secult, que tem o objetivo de municipalizar e democratizar o acesso aos bens e serviços da Cultura, com base nas diretrizes estabelecidas no Plano Estadual de Cultura, valorizando artistas, trabalhadores e trabalhadoras da Cultura, estimulando a geração de emprego e renda, com atenção especial à cultura popular e tradicional do estado.

    A 2ª edição do encontro firma o compromisso no calendário de Patrimônio Cultural de Minas. Com apresentações de congados, rodas de capoeira, oficinas, exposição, palestra e dança, a programação une a arte com saberes populares e tradicionais. Assim, a sociedade pode acessar e conhecer mais sobre a cultura afro e questionar preconceitos ainda latentes.
    Segundo Adriano Maximiano da Silva, titular da cadeira de Culturas Afro-brasileiras do Conselho Estadual de Política Cultural (Consec/MG) e membro do Conselho Estadual de Patrimônio Cultural (Conep/MG), a primeira edição foi de grande importância para a valorização e a visibilidade desses realizadores, que mantêm viva a Cultura Afro-mineira em todos seus segmentos.

    “Em 2021, ano da 1ª edição, o Iepha anunciou a criação do Programa de Patrimônio Cultural das Afromineiridades, e, em 2022, o lançou com os cadastros dos espaços Sagrados dos Terreiros, além de outras ações, como a pontuação diferenciada no ICMS Cultural para os municípios aderirem às políticas públicas voltadas paras as culturas Afro no estado. E isso é de grande importância e reconhecimento para as expressões populares e tradicionais de Minas Gerais”, ressalta.

    Adriano também explica que após o Primeiro Encontro das Afromineiridades, vários outros municípios começaram a realizar encontros locais. “Guapé, Três Pontas, Timoteo, Ituiutaba, são algumas das cidades que promoveram o evento. Também percebemos que após o primeiro evento algumas empresas lançaram editais de premiações que contemplavam a afromineiridade”, celebra.
    O projeto é viabilizado pela Lei de incentivo à Cultura, com realização da Secult/MG e patrocínio da Cemig. Conta com a produção do Instituto Mundu, e com o apoio do Iepha/MG, Fundação Clóvis Salgado, Circuito Liberdade, Sesc, APPA, Copasa, Ateliê da Memória, Palácio da Liberdade, Gesto Produtora e Cangaral.

    Confira a programação:

    03/0219h – Exposição de quadros sobre cultura afro no hall do Palácio das ArtesArtistas: Rodney Nicomedes e José SilvaMostra: Atlanticidades Diáspora África Brasil.20h – no Palco do Grande Teatro Cemig do Palácio das Artes, com apresentações de:Ruby, Janamô e Black DomTerno de Congo da cidade de IlicíneaTerno de Catupe da cidade de BocaiuvaTerno de Moçambique de Azurita – Mateus LemeFolia de Reis da cidade de Coronel Xavier ChavesGrupo de dança Afro Perola Negra da cidade de ManhuaçuCapoeira com Grão Mestre DungaTenda Pai Joaquim do Congo de Aruanda, Terno do Congo Real da cidade de Ituiutaba
    Dia 04/0209h – Cortejo com Ternos de Reinado/Congada na Praça da Liberdade13h – Palestra “Artes Quilombolas do Norte de Minas” com Wendell Marcelino de Lima15h – Oficina de Tambores com Mestre Biriba
    Foto: Paulo Lacerda/Divulgação