Cuidar da saúde mental dos atingidos é ainda mais importante no pós desastre da barragem da Samarco

A atuação do psicólogo no rompimento da barragem da Samarco em Mariana: Terapia em grupo em uma situação dessa é fundamental, como também individual; mas não se teve psicólogos suficiente para todos .
No desastre da Barragem de Mariana, não foram apenas percas materiais, mas perca de identidade, lugares, e coisas ligadas ao emocional, muitos deles não conseguiram resgatar nenhuma foto, de entes queridos, de momentos importantes.

Por Miriam E Borges Silva

As contribuições da Psicologia em situações de desastres e emergências abrangem atuações
no desenvolvimento de planos de curto, médio e longo prazo para minimizar riscos, reduzir
condições de vulnerabilidade e preparar para a resposta, considerando cada situação e cada
comunidade.

Haja vista, o papel do psicólogo é importante na acolhida, conversando com o paciente sobre
várias questões, até chegar no fato ocorrente.
É importante saber primeiro se o paciente faz algum uso de medicação e faz tratamento
psicológico e psiquiátrico.
Logo após, perguntar ao indivíduo, se depois do desastre, ele está se sentindo alterado e de
que forma, com qual intensidade, e se já houvera em tratamento, o que potencializou depois
dos fatos.

A importância da integridade da saúde mental, é ainda mais importante quanto a estruturação
geral no pós desastre.

No desastre da Barragem de Mariana, não foram apenas percas materiais, mas perca de
identidade, lugares, e coisas ligados ao emocional, muitos deles não conseguiram resgatar
nenhuma foto, de entes queridos, de momentos importantes.

Como também animais e maior que tudo, houve mortes.

Trabalhar com o luto, com o estresse pós traumático, e tudo isso que pode desencadear
vários transtornos psicológicos é algo desafiador.
Terapia em grupo em uma situação dessa é fundamental, como também individual; mas não se
teve psicólogos suficiente para todos… cada um tem a sua subjetividade.A reestruturação do ambiente familiar, da nova casa deve ser ouvida e respeitada, uma
mudança complexa para os atingidos da zona rural, e tudo isso faz do processo terapêutico um
desafio…

O Novo Bento tem casas modernas, piscina, tudo acimentado. O antigo Bento era em uma zona rural, portanto uma pequena vila, não tinha o arquétipo do Novo Bento Rodrigues
Será que foi perguntado a cada família como eles se sentiriam em seu novo lar ?
Como e qual foi o papel do psicólogo quanto a isso?
Pois moravam em uma vila rural, mais importante que mini mansões, não seria a horta, o
galinheiro, onde plantar e colher? Tudo isso traz um impacto psicológico social, ambiental
visual, etc…

Posto que, muitos estão vendendo suas casas no Novo Bento, e o ambiente dessa vila nunca
mais será reestabelecido.
É um conjunto de psicólogos ambientais, para preservar a arquitetura em geral, a psicologia
social e a psicoterapia, esse é o modelo funcional para esse tipo de situação.

Foram registrados altos números de pessoas com depressão, síndrome do pânico, ansiedade,
envolvimento com drogas e pequenos delitos, alcoolismo, e até tentativa de auto-extermínio.
Como amplificar a importância da conjunção da psicologia nos desastres?
Creio que ainda esta em percussão, e engatinhando mais rápido, a importância do profissional
nesses casos.

Com repetidos desastres, o governo está solicitando os psicólogos para essa acolhida.
Porém é preciso de profissionais qualificados, com autonomia e com estratégias eficazes, para amenizar o sofrimento dos atingidos.

Para saber mais leia o livro : Uma visão de Bento Rodrigues, do autor marianense Eduardo Campos, clique aqui

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