Centro de Artes Geraldino Silva apresenta mais de 20 obras de arte
Por: Hynara Versiani
No último sábado, dia 13 de julho de 2024, foi inaugurada no Museu Casa Alphonsus de Guimaraens a mostra de trabalhos do Centro de Artes Geraldino Silva. Com um total de 21 quadros e 17 artistas, a exposição temporária permanecerá no museu até 13 de agosto.
Os trabalhos foram feitos durante os últimos dois anos. “Devido à pandemia, eu não havia feito uma exposição ainda. Hoje, estamos apresentando o resultado dos trabalhos feitos na minha escola”, diz Geraldino Silva. Ele conta que, geralmente, a escola recebe alunos de todas as idades: “Temos crianças, adolescentes, jovens e adultos. Vai dos cinco anos até a terceira idade”.
O artista fala sobre sentir que seu dever está sendo cumprido. “Estou dando uma oportunidade para a nova geração de artistas. Em algum momento, eu vou partir, e eles vão dar continuidade ao meu trabalho”, afirma. Ele fica satisfeito ao ver que vários de seus alunos, hoje, vivem da arte: “Estamos criando uma nova etapa de artistas para a cidade de Mariana, para não deixar a arte morrer”.
Tendo começado no ramo artístico aos 14 anos, Geraldino declara ser impossível viver em um mundo sem produção artística. “Alguém pode até dizer que não gosta de arte, mas imagine um mundo sem arte. Sem música, teatro, dramaturgia, pintura, balé, dança. O que seria de nós se não fosse a arte?”, questiona.
O artista reforça que gostar de arte é o principal para se fazer as aulas. “Não adianta entrar sem ser um amante da arte. Esse tipo de exposição incentiva as pessoas, até mesmo vendemos alguns trabalhos de alunos, e isso aumenta a vontade deles de continuar criando arte. Mostra que eles são capazes, e podem chegar a um patamar cada vez mais alto trilhando o caminho da arte”, celebra.
A diretora do Museu Casa Alphonsus de Guimaraens, Ana Cláudia Rôla, afirma que a exposição será benéfica não só para os artistas, mas para a cidade. “Quando você expõe seu trabalho em um espaço público, a arte é mais valorizada. Isso é bom para o artista e para a cidade, mostrar e consumir essa produção cultural atual”, conta.
Ana Cláudia acredita que todos deveriam experimentar a arte: “Não é garantido que, futuramente, você vá viver da arte ou não. Mas isso faz diferença na vida, porque mesmo não vivendo da arte, você vai valorizá-la e entender que ela deve ser respeitada, ter as mesmas condições de produção que outras questões cotidianas”.
Uma das alunas de Geraldino, Júlia Cruz, de 10 anos, diz que ver suas obras expostas é uma sensação ótima. “Eu gosto que as pessoas vejam minha arte para valorizar mais. Faço aula há uns quatro anos, e aprendi muitas coisas. Comecei por desenho, depois fui para a aquarela, e depois pintura. Eu gosto de pintar paisagens”, conta.
Outra aluna, Sthela Janine, de 16 anos, revela que também gosta de pintar jardins nas aulas, e que aprendeu a fazer flores e paisagens: “Me sinto bem e bonita por fazer parte da exposição”. Lyncoln Tadeu, de 14 anos, faz parte da escola há dois, e o que mais gosta de fazer é pintar santos. “O que eu mais gosto é que as aulas contribuem muito para o meu conhecimento, aprendo muitas coisas novas”, relata.
As obras da mostra estão à venda, e os interessados podem comprá-las a qualquer momento no museu, mas só poderão buscá-las após o dia 13 de agosto. 90% do valor da compra vai para o artista, e 10% será doado para o Museu Casa Alphonsus de Guimaraens, destinado à manutenção do espaço.
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