Hospital Monsenhor Horta recebe R$ 4,5 milhões para o setor de hemodiálise
Por: Hynara Versiani
Na manhã de quarta-feira, 4 de setembro de 2024, a Câmara Municipal de Mariana realizou uma visita técnica à Clínica Nefrológica e ao setor de hemodiálise do Hospital Monsenhor Horta para obter informações sobre a mudança de administração no setor. Representantes da Sociedade Beneficente São Camilo, controladora da rede hospitalar, prestaram esclarecimentos aos pacientes e aos vereadores.
Entre os presentes estavam o Secretário Municipal de Saúde, Germano Zanforlim, a diretora administrativa do Hospital Monsenhor Horta, Rosângela Aparecida Carvalho, e os vereadores Ronaldo Bento, Maurício da Saúde, Zezinho Salete e José Sales, além de médicos e pacientes da Clínica Nefrológica.
Durante a visita, o vereador Ronaldo Bento destacou a importância de garantir que o serviço não seja precarizado e mencionou preocupações sobre a condição dos veículos e a falta de clareza em relação à prestação de serviços alimentares, suspensos após a pandemia. “Queríamos ouvir dos pacientes as demandas que a municipalidade tem responsabilidade de fiscalizar”, disse o vereador.
Presidente da Comissão de Saúde da Câmara, o vereador Zezinho Salete ressaltou que é dever do parlamentar acompanhar o que acontece na saúde municipal. “Nada contra o hospital, mas quando se fala de saúde, precisamos trazer melhorias. Não estamos aqui para criticar, apenas ajudar, e ver o que pode ser feito para melhorar. Um diálogo seria o ideal, para tirar dúvidas e fazer com que eles (pacientes) durmam mais tranquilos”, declarou.
Rosângela Carvalho, diretora administrativa do hospital, afirmou que a mudança visa apenas melhorar o atendimento, destacando o investimento de R$ 4,5 milhões pela Sociedade Beneficente São Camilo para o funcionamento adequado da área de hemodiálise. Ela ressaltou que o hospital depende de complementações da prefeitura e que a administração está focada em contratar e treinar novos técnicos para garantir um serviço de qualidade.
O médico Dr. Marco Túlio enfatizou que a transição administrativa é apenas contratual e visa reduzir transtornos para pacientes e funcionários. “A transição é uma mudança contratual entre as duas empresas. O hospital agora assume inteiramente as funções administrativas, e acho que isso é um transtorno a menos. O pessoal já me conhece, isso dá mais tranquilidade. Concordo com vocês, quanto mais informações, melhor. Estamos empenhados e evoluindo no treinamento de pessoal”, declarou.
Entre as queixas dos pacientes está a falta de refeições adequadas, como o almoço, cortado após a pandemia. O Dr. Marco Túlio sugeriu a manutenção de lanches rápidos, mais leves e ágeis, adaptados às necessidades operacionais dos pacientes: “Na minha opinião, o que deve continuar é o lanche rápido, em termos operacionais e de tolerância pré- e pós-tratamento. Não há contraindicação para um lanche mais leve ou ágil. O lanche pode ser diferente, isso deve ser conversado com o hospital, podemos evoluir na qualidade”.
A paciente Iranilda de Jesus elogiou a estrutura da Clínica Nefrológica, mas manifestou preocupação com a falta de comunicação sobre a transição, o que gerou ansiedade entre os pacientes. “A estrutura que montaram é de excelência, agradecemos a toda a equipe pela estrutura física. Ela enche os olhos, mas nós não precisamos só de estrutura física. Não consigo dormir por ficar ansiosa com essa situação. Não foi colocado sequer um papel no muro, dizendo ‘vai haver transição, fiquem tranquilos’”, afirmou.
Rosângela Carvalho reforçou que o hospital está comprometido em não prejudicar os pacientes durante a transição e que o prazo para a completa adaptação dos novos técnicos pode se estender até o início de 2024. O Secretário Municipal de Saúde, Germano Zanforlim, explicou que o serviço de hemodiálise é custeado por recursos estaduais e municipais, e que está em fase final de ajuste para garantir a continuidade do atendimento sem prejuízos aos pacientes.
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