Valorização da bebida fina traz preocupação com aumento de furtos e roubos em fazendas das principais regiões produtoras de MG.
Com o preço da saca de café batendo recordes históricos, cafeicultores mineiros estão apreensivos com a segurança nas fazendas, a poucas semanas do início da colheita. Em reunião da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realizada nesta segunda-feira (17/3/25), eles manifestaram receio com os riscos de furtos e roubos, tanto de máquinas e equipamentos quanto do próprio grão, cada dia mais valorizado no mercado internacional.
Realizada a pedido do deputado Professor Cleiton (PV), a audiência reuniu prefeitos, vereadores e produtores rurais de diversos municípios. O parlamentar, que é filho de cafeicultores, lembrou que o preço da saca de café de 60 kg caminha para ultrapassar a marca dos R$ 3 mil, impulsionado pela alta do consumo, especialmente na China, combinado com uma queda na produção nos principais países produtores, como o próprio Brasil, Vietnã e Indonésia.
Com isso, as principais regiões produtoras de bebida fina, como Sul de Minas, Triângulo Mineiro e Zona da Mata, teriam se tornado alvos preferenciais de bandidos, que se aproveitariam da falta de policiamento nas zonais rurais. Segundo o prefeito de São José da Barra (Sul de Minas), Marcelo Rodrigues da Silva, os produtores de café, base da economia do município, estão com medo.
Em Conceição da Aparecida (Sul de Minas), houve duas tentativas de sequestro nos últimos 20 dias, segundo o prefeito José Antônio Ferreira. Ele contou que a cidade, que tem 10 mil habitantes e recebe 3 mil trabalhadores temporários na safra do café, não conta com policiais militares de segunda a quinta-feira. Para prevenir os roubos nas fazendas, os produtores rurais se organizam para contratar vigias noturnos. “Quem está sendo roubado são pessoas que trabalham o ano todo no campo”, lamentou.
Em Campo do Meio (Sul de Minas), a situação não é muito diferente. Segundo o prefeito Samuel de Azevedo Marinho, os furtos e roubos deixaram traumatizados produtores e trabalhadores rurais. Ele reclamou que falta efetivo da Polícia Militar (PM) para garantir a segurança no município e defendeu que as prefeituras façam investimentos para a aquisição de câmeras de vigilância. Para isso, segundo ele, podem ser utilizados recursos da Taxa de Iluminação Pública. Fonte: ALMG
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