Evento discute a saúde dos trabalhadores em Mariana

    A Prefeitura de Mariana, por meio da Secretaria de Saúde, promoveu a 1ª Plenária Municipal de Saúde dos Trabalhadores com o tema “Saúde dos Trabalhadores como Direito Humano”. A vice-prefeita Sônia Azzi destacou a relevância do encontro para ouvir a população e entender as necessidades das pessoas: É a primeira plenária da saúde dos trabalhadores e trabalhadoras. É fundamental olhar com carinho para a saúde, principalmente em um cenário onde muitas pessoas estão carentes e necessitadas de apoio,” afirmou. Os participantes foram convidados a contribuir com propostas para que as políticas públicas municipais integrem de maneira efetiva as reivindicações dos trabalhadores.

    Por: Hynara Versiani e João B. N. Gonçalves

    Na última quarta-feira, 16 de abril de 2025, a Prefeitura de Mariana, por meio da Secretaria de Saúde, promoveu a 1ª Plenária Municipal de Saúde dos Trabalhadores com o tema “Saúde dos Trabalhadores como Direito Humano”.

    O evento, realizado no Centro de Convenções Alphonsus de Guimaraens, contou com a presença de representantes do poder público e profissionais da saúde, que debateram propostas para fortalecer as políticas de saúde e garantir condições dignas de trabalho a todos os cidadãos.

    A iniciativa, que se apresenta como um espaço aberto para escuta e troca de informações, tem como objetivo envolver toda a população na formulação de diretrizes para os planos de saúde do município. “É um espaço de participação popular, onde todos são iguais, com direito a voz e voto, fundamental para que cada opinião seja considerada na construção do nosso futuro,” declarou a secretária de Saúde, Marilene Romão.

    A profissional também ressaltou a importância de todos se atentarem ao tema, enfatizando que “não existe nenhuma opinião que não seja importante” e agradecendo a participação e o empenho do Conselho na convocação dos trabalhadores e trabalhadoras do município.

    A vice-prefeita Sônia Azzi destacou a relevância do encontro para ouvir a população e entender as necessidades das pessoas. “É a primeira plenária da saúde dos trabalhadores e trabalhadoras. É fundamental olhar com carinho para a saúde, principalmente em um cenário onde muitas pessoas estão carentes e necessitadas de apoio,” afirmou.

    Sônia Azzi enfatizou a união entre o poder público e os cidadãos para transformar a realidade, e também compartilhou sua vivência pessoal, demonstrando empatia com as demandas cotidianas dos moradores de Mariana.

    A presidente do Conselho Municipal de Saúde, Aida Anacleto, em sua fala, contextualizou a plenária como um passo preparatório para conferências macro-regionais, estaduais e nacionais sobre saúde, que ocorrerão em Betim, Belo Horizonte e Brasília, respectivamente.

    “Mariana dá esse pontapé inicial, contribuindo com as reivindicações que poderão ser inseridas no Plano Municipal de Saúde e no Plano Plurianual (PPA) deste ano,” destacou, ressaltando que sem saúde não há dignidade e nem a efetivação do Sistema Único de Saúde (SUS).

    O vereador Maurício da Saúde também participou do debate, enfatizando a importância do encontro para que sugestões, críticas e reivindicações sejam consideradas na melhoria das condições de trabalho e na prestação de serviços de saúde.

    Ele elogiou a atuação da secretária Marilene e garantiu que a Câmara Municipal acompanhará de perto a execução de todas as medidas sugeridas. “É um momento primordial para que possamos discutir e propor melhorias que garantam um ambiente de trabalho mais digno e uma saúde de qualidade para todos,” declarou o parlamentar, destacando a relevância da presença massiva no evento.

    Durante a plenária, a Prof.ª Dr.ª Olívia Maria de Paula Alves Bezerra, da Escola de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), apresentou uma série de slides que abordaram conceitos essenciais relacionados ao trabalho e à saúde do trabalhador.

    Entre os pontos apresentados, a professora definiu “trabalho” como qualquer ocupação econômica remunerada, inclusive atividades sem remuneração formal, que envolvem pelo menos 15 horas semanais de dedicação. Ela esclareceu que o conceito de “trabalhador” abrange desde autônomos e servidores públicos até os que, mesmo sem carteira assinada, contribuem para a economia familiar.

    A palestra enfatizou a importância do campo da Saúde Coletiva na promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, destacando os conhecimentos interdisciplinares, multiprofissionais e interinstitucionais que sustentam as ações do SUS.

    Com base na Declaração Universal dos Direitos Humanos, a apresentação ressaltou que toda pessoa tem direito ao trabalho, a condições justas de remuneração e a um padrão de vida que assegure saúde, bem-estar e dignidade.

    Ao longo do evento, os participantes foram convidados a contribuir com propostas para que as políticas públicas municipais integrem de maneira efetiva as reivindicações dos trabalhadores e trabalhadoras.

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